Pré-candidaturas à prefeitura abrem alternativas ao eleitorado de São Roque

Até novembro do ano passado, o cenário eleitoral para a disputa de outubro de 2024 mostrava-se consolidado. Guto Issa, como único pré-candidato a prefeito, indicava que seria reeleito sem dificuldades. Porém, de lá para cá, dois outros nomes apresentaram as suas pré-candidaturas ao cargo municipal máximo, embaralhando as preferências do eleitorado são-ronquese.

Num intervalo de menos de vinte dias, o comerciante Chumbinho e o vereador Cabo Jean se colocaram como pré-candidatos a prefeito.

Desde o primeiro semestre do ano passado, o atual mandatário de São Roque se apresenta como franco favorito, anunciando em diferentes ambientes que nem precisa disputar o pleito, que caso saia de férias e suma da cidade, será reeleito do mesmo jeito.

No entanto, os primeiros meses de 2024 não indicam isso. O atual prefeito de São Roque tem amargado derrotas políticas profundas. O cancelamento por parte da justiça de licitação milionária para o transporte escolar (700% acima do valor comum); o fechamento de escolas; o asfaltamento recente se desfazendo; e o reajuste irrisório aos funcionários públicos (menos de 1%) têm esfarelado o castelo de área de popularidade imaginado por Guto Issa.

Na saúde, mesmo assinando o maior contrato de toda a região e encaminhado 54 milhões por ano para a CEJAM, há inúmeras reclamações sobre a Santa Casa, como a demora no atendimento, atraso na entrega de remédios, mortes de jovens, etc.

A primeira grande derrota pública do atual prefeito foi a tentativa de imposição de um Plano Diretor que não cumpria uma série de procedimentos legais, com destaque para a inviabilidade de participação popular. Nessa época, a prefeitura de São Roque figurou, durante semanas, nos principais veículos de notícias do país como aquela que concorda com a especulação imobiliária e a destruição do meio ambiente.

Esse Plano Diretor colocava em risco toda a reserva natural de São Roque, prevendo a criação de inúmeros e dispensáveis loteamentos sem estruturar os bairros da cidade. Também provocou estranhamento a abertura, por parte do atual prefeito, semanas antes da indicação do Projeto de Lei à Câmara de Vereadores, de uma empresa Holding para negociar seus futuros negócios.

Com uma Câmara de Vereadores mansa e sem oposição, o Legislativo de São Roque pouco se manifesta sobre as peripécias do atual prefeito. Não demorará, possivelmente, para a Câmara também começar a ter problemas.

Enquetes em diferentes bairros de São Roque, feitas para embasar as pré-candidaturas que ora se apresentam, indicam uma virada. E a derrocada de um fantasioso favoritismo!

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